07 Mar
07Mar

Por Bruno Ipaves

O Brasil ultrapassou os EUA na liderança da produção mundial de soja, e economiza cerca de 7 bilhões de dólares por ano!!! Você sabia que tudo isso foi possível graças a Cientista, naturalizada brasileira em 1956, Johanna Döbereiner? Não sabia? Então vamos conhecer um pouco da história desta grande cientista brasileira que foi indicada ao prêmio Nobel 1997.

Em 28 de novembro de 1924 nascia na Tchecoslováquia uma das mais importantes agrônomas da história brasileira. Formada em Agronomia pela Universidade de Munique (1947) com pós-graduação na universidade de Wisconsin (1963), chegou ao Brasil em 1951 onde trabalhou no Laboratório de Microbiologia de Solos do antigo DNPEA do Ministério da Agricultura, em Seropédica, Rio de Janeiro. 

Na década de 60, Johanna investigou a fixação biológica de nitrogênio (FBN) em leguminosas tropicais, que é um processo realizado por alguns microrganismos na produção de nitrogênio para a nutrição das plantas.

Ela descobriu que poderia usar a FBN no lugar dos fertilizantes minerais que eram caros e prejudiciais ao meio ambiente. A ideia era substituir adubo nitrogenado por bactérias. 

Na época, muitos cientistas não acreditavam que a FBN poderia competir com a adubação química que era usada nos EUA, mas Johanna estava certa. O programa brasileiro de melhoramento da soja foi baseado no processo de FBN, assim, o Brasil tem economizado cerca de 7 bilhões de dólares por ano e, recentemente, ultrapassou EUA na liderança da produção mundial. Além disso, seus estudos contribuíram para o avanço do Programa Nacional do Álcool (Pró-Álcool) que intensificou a produção de etanol, durante a crise mundial do petróleo, na década de 70.

Johanna, que morreu em 5 de outubro de 2000 em Seropédica, Rio de Janeiro, aos 75 anos, recebeu inúmeros prêmios e homenagens.

Em 1977, tornou-se membra titular da Academia Brasileira de Ciências e foi vice-presidente em 1995. Foi nomeada pelo Papa Paulo VI, em 1978, membra da Academia Pontifícia de Ciência do Vaticano. Recebeu o prêmio Bernardo Houssay na área de Agricultura, oferecido pela Organização dos Estados Americanos (1979), Unesco (1989), além de ser indicada para o prêmio Nobel de Química de 1997. Não ganhou o Nobel, mas seu nome jamais será esquecido graças as espetaculares contribuições para a Ciência e o Brasil!

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